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SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO - FATORES DE RISCO
Jornal Tribuna de Leme | 18/09/2022

SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO - FATORES DE RISCO

SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO

Fatores de risco

A cardiomiopatia induzida por estresse pode afetar pessoas de qualquer idade. Em 90% dos casos, porém, a enfermidade atinge mais as mulheres, acima dos 50 anos, que estão atravessando o período da pós-menopausa. Estudiosos no assunto acreditam que elas se tornam mais vulneráveis à medida que ocorre queda na produção de estrogênio, o hormônio feminino que, entre outras funções, protege o endotélio, a camada interna dos vasos.

Idosos e portadores de transtornos neurológicos (traumatismo craniano, epilepsia) ou psiquiátricos (crises de ansiedade e depressão) integram também o grupo de risco.

          Sintomas

 Os sintomas da síndrome do coração partido são praticamente os mesmos que ocorrem na vigência do infarto agudo do miocárdio:

- Dor no peito;

- Falta de ar;

- Cansaço extremo;

- Sudorese abundante;

- Angina;

- Arritmia;

- Desmaios;

- Hipotensão.

Vale registrar que, em grande parte dos casos, esses sintomas costumam desaparecer espontaneamente, isto é, sem tratamento.

No entanto, é preciso estar atento a possíveis complicações da doença, como a insuficiência cardíaca grave, o edema pulmonar e o choque cardiogênico (o coração perde a capacidade de bombear o sangue na quantidade necessária para nutrir os órgãos), que exigem atendimento imediato em ambiente hospitalar.

Diagnóstico

 O diagnóstico da síndrome do coração partido considera os dados obtidos no exame físico e no levantamento da história do paciente, assim como o resultado de exames laboratoriais de sangue, uma vez que a presença de certas enzimas na corrente sanguínea pode sugerir doença cardíaca.

Vencida essa primeira fase, exames não invasivos, como o eletrocardiograma e o ecocardiograma, raios X de tórax, ressonância magnética e o angiograma coronariano são úteis para fechar o diagnóstico, uma vez que ajudam a identificar a existência ou não de irregularidades na estrutura e funcionamento do coração.

Tratamento

Não existe tratamento específico para a síndrome do coração partido. Mesmo assim, ele pode ser útil para reduzir o esforço do coração durante o processo de recuperação e evitar novas crises.

Os medicamentos utilizados nessa fase permanecem praticamente os mesmos indicados nos casos de insuficiência cardíaca grave associada ao infarto do miocárdio. São exemplos dessas drogas os inibidores ECA para controle da pressão arterial, os betabloqueadores para diminuir a frequência cardíaca, os diuréticos para reduzir a concentração de líquidos no organismo e os remédios para alívio do estresse.

Técnicas de relaxamento e meditação também podem trazer alguns benefícios, já que se trata de uma cardiomiopatia induzida por estresse.

Recomendações

 Não existe nenhuma fórmula eficaz para prevenir a síndrome do coração partido, mas é fundamental estar sempre alerta a fim de identificar os agentes estressores que podem provocar danos no organismo. Nesse sentido, a prática regular de exercícios físicos já demonstrou sua eficácia no controle do estresse que sobrecarrega o coração.

Segundo matéria publicada pelo HCor (Hospital do Coração), “exercícios físicos como a corrida ou uma simples caminhada têm efeito benéfico e muito positivo para combater o estresse emocional e físico”. O HCor alerta também sobre importância dos esportes no combate à síndrome do coração partido, uma vez que representam a oportunidade de desenvolver a sociabilidade e reduzir o isolamento social como forma de controlar as emoções envolvidas nas doenças do coração.

Observação importante

Não atribua exclusivamente ao estresse ou às condições adversas que atravessa no momento, sintomas como dor no peito, falta de ar, cansaço extremo e batimentos cardíacos irregulares. Procure atendimento médico sem perda de tempo para avaliar as condições cardiovasculares e receber o tratamento indicado, se necessário.

Com a colaboração da Dra. Rosa Ragneri – VITALABOR LABORATÓRIO 3571-5503