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SÍFILIS
Jornal Tribuna de Leme | 04/12/2023

SÍFILIS

Sífilis, ou lues, é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode também ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.

O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de dez a 90 dias.

A enfermidade se manifesta em três estágios diferentes: sífilis primária, secundária e terciária. Nos dois primeiros, os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior. Depois, há um período praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade acompanhada de complicações graves, causando cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.

Sintomas da sífilis

Primária: Pequenas feridas nos órgãos genitais (cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes, gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas;

Secundária: Manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés, febre, dor de cabeça, mal-estar, inapetência, linfonodos espalhados pelo corpo, manifestações que também podem regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa no organismo;

Terciária: Comprometimento do sistema nervoso central, do sistema cardiovascular com inflamação da aorta, lesões na pele e nos ossos.

A sífilis congênita — transmitida da mãe para o bebê na gestação — pode causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, os seguintes sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental e cegueira.

 

 Diagnóstico de sífilis: Nas fases iniciais, o diagnóstico pode ser confirmado pela reconhecimento da bactéria no exame de sangue ou nas amostras de material retiradas das lesões. Na fase avançada, é necessário pedir um exame de líquor para verificar se o sistema nervoso não foi afetado.

Transmissão da sífilis: A sífilis é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, das transfusões de sangue e da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita).

Tratamento da sífilis: O tratamento é feito com antibióticos. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.

Prevenção da sífilis: O uso de preservativos durante as relações sexuais é a maneira mais segura de prevenir a doença.

Recomendações sobre sífilis

- Use camisinha em todas as relações sexuais. Essa é a maneira mais segura de prevenir a doença;

- Esteja atento: a doença pode ser transmitida também nas relações anais e orais;

- Mulheres devem fazer exame para verificar se são portadoras da doença antes de engravidar.

Quais são os principais cuidados durante uma gravidez com sífilis? Durante a gravidez, o mais importante é que a gestante siga um pré-natal e receba o tratamento adequado. Segundo o Ministério da Saúde, as crianças expostas de mães que não receberam tratamento devem passar por coletas de sangue, raio X de ossos longos, avaliação neurológica, oftalmológica e audiológica. Em muitos casos, existe a necessidade de internação.

É possível ter a doença mais de uma vez? Sim. A sífilis é uma infecção curável, com tratamento relativamente simples, mas pegar uma vez não promove imunidade.