Notícia

  • Home
  • POLIOMIELITE (PARALISIA INFANTIL)
POLIOMIELITE (PARALISIA INFANTIL)
Jornal Tribuna de Leme | 07/06/2024

POLIOMIELITE (PARALISIA INFANTIL)

Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores.

Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A doença permanece endêmica em dois países: Afeganistão e Paquistão, com registro de 05 casos em 2021. Nenhum caso confirmado nas Américas. Como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.

Importante: Poliomielite e paralisia infantil são a mesma coisa. A vacinação é a única forma de prevenção da doença. A cobertura vacinal da poliomielite vem apresentando resultados abaixo da meta de 95% desde 2016. Vacinem as crianças, para que elas não sofram com as sequelas de doenças que podem ser evitadas.

CAUSA

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador da poliomielite. As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura.

Assim, as principais sequelas são:

- Problemas e dores nas articulações;

- Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;

- Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;

- Osteoporose;

- Paralisia de uma das pernas;

- Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;

- Dificuldade de falar;

- Atrofia muscular;

- Hipersensibilidade ao toque.

Essas sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos delas. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações. 

SINTOMAS

Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde ausência de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.

Os sintomas mais frequentes são: febre - mal-estar - dor de cabeça - dor de garganta e no corpo – vômitos – diarreia - constipação (prisão de ventre) – espasmos - rigidez na nuca - meningite

Na forma paralítica ocorre:

- Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.

- Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores;

- Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada;

- Sensibilidade conservada;

- Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico da poliomielite deve ser suspeitado sempre que houver paralisia flácida de surgimento agudo com diminuição ou abolição de reflexos tendinosos em menores de 15 anos. Os exames de liquor (cultura) e a eletromiografia são recursos diagnósticos importantes. O diagnóstico será dado pela detecção de poliovírus nas fezes.

Todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico do paciente.

Importante: Não existe tratamento específico da poliomielite.

PREVENÇÃO

A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha). A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.

POLIO EM ADULTOS E SITUAÇÃO AOS VIAJANTES

Embora ocorra com maior frequência em crianças, a poliomielite também pode ocorrer em adultos que não foram imunizados. Por isso é fundamental ficar atento às medidas preventivas, como: lavar sempre bem as mãos, ter cuidado com o preparo dos alimentos e beber água tratada.

A Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), orienta os serviços de saúde e usuários sobre a vacinação de viajantes internacionais contra poliomielite, provenientes ou que se deslocam para áreas com circulação de poliovírus selvagem e derivado vacinal, na Nota Informativa nº 315/2021 - CGPNI/DEIDT/SVS/MS. O Brasil recomenda ainda, a emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia para a última dose da vacina contra a poliomielite, a todo viajante residente no país. Esse certificado é emitido nos Centros de Orientação a Saúde do Viajante da Anvisa e credenciados.

FONTE: https://www.gov.br