09 DE JULHO - REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

Na foto, que nos foi fornecida pelo Willian Amaral estão: os irmãos José e João Pacheco que participaram da Revolução. O senhor João Pacheco é avô do William Amaral.

O feriado de 09 de julho, celebrado no estado de São Paulo, marca a Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento que teve início exatamente nesta data, quando os paulistas se levantaram contra o governo provisório de Getúlio Vargas. O objetivo era exigir a criação de uma nova Constituição para o país, após a Revolução de 1930 que depôs o então presidente Washington Luís e levou Vargas ao poder, governando sem uma carta constitucional e sem o devido respeito às leis vigentes até então. O estopim foi a insatisfação de diversos setores da sociedade paulista, que queriam restabelecer a ordem democrática e a autonomia dos estados.

A Revolução Constitucionalista de 1932 durou cerca de três meses, sendo um dos maiores conflitos armados do país no século XX, envolvendo mais de 35 mil soldados paulistas em combate. Apesar de não terem conseguido a vitória militar, os paulistas obtiveram conquistas importantes, como a convocação de uma Assembleia Constituinte em 1933, que resultou na promulgação de uma nova Constituição em 1934, atendendo ao desejo de maior participação democrática e respeito às leis no país. Por isso, a revolução é vista como um símbolo de luta por direitos civis, democracia e pela importância da Constituição como garantidora das liberdades individuais.

A importância do dia 09 de julho vai além de um simples feriado, pois representa o espírito de resistência e coragem de um povo que lutou por seus direitos e pela legalidade, sendo até hoje uma data de grande relevância no estado de São Paulo. Nesta data, os paulistas lembram aqueles que sacrificaram suas vidas em prol de um país mais justo, reforçando o valor da democracia e da necessidade de defender o Estado de Direito. O feriado, portanto, é um momento de reflexão sobre a importância de se manter viva a busca por justiça, liberdade e respeito à Constituição em todas as esferas do Brasil.

Sandra Kauffmann