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PROMETEU TANTO NA RÁDIO, MAS ENTREGOU QUASE NADA NA PRÁTICA: REAJUSTE DOS SERVIDORES SÓ SAIU GRAÇAS À PRESSÃO DOS VEREADORES
Jornal Tribuna de Leme | 19/05/2025

PROMETEU TANTO NA RÁDIO, MAS ENTREGOU QUASE NADA NA PRÁTICA: REAJUSTE DOS SERVIDORES SÓ SAIU GRAÇAS À PRESSÃO DOS VEREADORES

Há algumas semanas, o prefeito Claudemir Borges foi à rádio local se promover e tentar convencer a população de que é um homem de "bom coração", com “empatia” pelos que mais precisam. No ar, se emocionou ao dizer que, apesar de todos os seus defeitos, sua principal qualidade seria esse olhar sensível com os servidores públicos municipal. Um discurso ensaiado, típico de quem vive em um conto de fadas, onde só ele e seus fiéis escudeiros acreditam.

Mas na prática, a história foi e é bem diferente.

Na última sessão da Câmara, dia 12 de maio, o prefeito enviou dois projetos de lei relacionados ao reajuste dos servidores municipais. O primeiro previa o aumento de 11,025% no vale alimentação, o que daria, na prática, pouco mais de R$ 30,00 a mais por mês — uma afronta a quem diariamente sustenta os serviços públicos da cidade. Já o segundo projeto tratava do dissídio salarial, tão defendido por vários vereadores, mas que, mais uma vez, veio parcelado: apenas 1% agora em maio e os outros 3,83% empurrados para novembro.

Foi só após intensa cobrança dos vereadores — indignados com o valor irrisório proposto — que o prefeito recuou e reajustou o vale alimentação para R$ 400,00, muito diferente dos R$ 30,00 de aumento inicialmente enviados no projeto. Uma vitória que só aconteceu graças à atuação firme da Câmara Municipal que, mais uma vez, precisou corrigir os rumos de uma administração desconectada da realidade dos servidores.

Além disso, os vereadores reforçaram que seguem aguardando a prometida reestruturação dos planos de carreira de diversas categorias, compromisso feito pelo próprio prefeito, mas que até agora não passou de promessa vazia.

E o que dizer do dissídio parcelado? A justificativa é sempre a mesma: “falta de recursos”. No entanto, os mesmos cofres que não têm dinheiro para reajustar decentemente os salários dos servidores estão gastando milhões com empresas terceirizadas. Muitas delas contratadas por dispensa de licitação, a preços elevados, para suprir funções que poderiam — e deveriam — ser desempenhadas por servidores concursados.

FICA A REFLEXÃO: PARA OS SERVIDORES, MIGALHAS; PARA OS CONTRATOS MILIONÁRIOS, TAPETE VERMELHO... LAMENTÁVEL

A população lemense está atenta, o Jornal Tribuna de Leme também, e os servidores estão cansados de promessas. A verdade já não cabe mais no script das entrevistas fantasiosas do prefeito. Ainda bem que há vereadores vigilantes e comprometidos com quem realmente move a cidade: o servidor público.