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Programação Cultural para o mês de novembro 2023
Jornal Tribuna de Leme | 30/10/2023

Programação Cultural para o mês de novembro 2023

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Foi criado em 2003 como efeméride incluída no calendário escolar, até ser oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. O dia 20 de novembro foi escolhido para marcar a Consciência Negra por ser a data da morte de Zumbi dos Palmares, líder daquele que foi um dos maiores quilombos do país, o Quilombo de Palmares, na Serra da Barriga, na ocasião, vinculada à capitania de Pernambuco. Sua morte se deu em 1695. A data além de homenagear as culturas e lutas dos povos negros, reforça a importância da sociedade como um todo refletir e agir para combater o racismo estrutural no país.

Neste mês da Consciência Negra, convidamos você a mergulhar em uma jornada única pela rica herança afro-brasileira de Leme. Prepare-se para ser cativado por histórias de resiliência, realização e superação que moldaram nossa comunidade.

- Descubra as Raízes: Explore o passado, mergulhe nas histórias de líderes e pioneiros afro-lemenses que moldaram o caminho para um futuro mais inclusivo e igualitário.

- Celebre as Conquistas: Testemunhe as realizações notáveis de figuras negras contemporâneas em diversas áreas, desde a cultura até a política, passando pela educação e esportes.

- Inspiração para o Futuro: Um tributo à força da comunidade negra de Leme. Queremos inspirar as gerações futuras a sonhar alto e acreditar que qualquer objetivo é possível.

Evento: Seleção de Autores Negros  de 01 a 30 de novembro de 2023 - Local: Biblioteca Pública Municipal “Profª. Carolina de Moura Hildebrand” - Horário: 8h às 17h (Segunda a Sexta-feira)

Peça de Teatro: “Navio que trouxe história’’ -  04 de novembro - Local: Centro Integrado Educacional “Kamal Taufic Nacif” - Horário: 17h (Sábado)

 A peça de teatro narrativo conta a história de uma contadora de histórias que recebe crianças e amigos em sua varanda para ouvirem histórias africanas. Dentre elas, Berê narra a vinda de um navio trazendo negros que foram escravizados, mas que não perderam sua essência. Cultivaram seus cantos, suas danças, suas memórias.

Grupo "Berê e Cia" em parceria com “Comunidade de Estudos e Pesquisas da Capoeira de Leme”

 Exposição: Negritude Lemense - Inspirando o Presente, Honrando o Passado – de 16 a 30 de novembro - Local: Museu Histórico Municipal de Leme "Prof Celso Zoega Taboas" - Horário: 8h às 16h (Segunda a Sexta-feira) e 9h às 12h (Sábados)

Semana Cultural: Semana Maria Augusta Antônio - De 20 a 26 de novembro de 2023 – Em diversos locais de acordo com a programação diária em desenvolvimento. Horário: de acordo com a programação diária em desenvolvimento

 Sarau: Sarau das Pretas – Unipretas e Homenagem a Maria Augusta Antônio - Data: 24 de Novembro de 2023 - Horário: 19h30 - Local: Museu Histórico Municipal de Leme "Prof Celso Zoega Taboas"

Apresentação de contos, poesias e cordel pelo grupo Unipretas intitulando o “Sarau das Pretas”: por Berenice F. Taufic Luiz, Lúcia Silva, Marly Ribeiro dos Santos e Silvia Helena dos Santos.

 Roda de conversa sobre a história de vida da Maria Augusta Antônio com a família e a historiadora Sílvia Helena dos Santos.

Homenagem à família da Maria Augusta Antônio.

Sobre Maria Augusta Antônio

Maria Augusta da Silva Antônio, nascida em 6 de dezembro de 1943 em São João da Boa Vista, é uma figura notável cuja vida é uma inspiração de amor, dedicação, tradições e igualdade. Ela foi muito mais do que uma pessoa comum em seu meio; era uma filha devotada, tia amorosa e mãe incansável. Sua história é uma ode às raízes e ao compromisso com a família.

Como mãe, Maria Augusta dedicou sua vida à criação e apoio de seus filhos, sendo a força que os impulsionou. Além disso, enfrentou desafios relacionados à cor de sua pele desde tenra idade e, em vez de se deixar abater, tornou-se uma defensora incansável da igualdade racial.

Seu ativismo na luta contra a discriminação se estendeu por várias cidades, incluindo São João da Boa Vista, São Paulo e Leme, onde nutria um profundo amor. Maria Augusta também fez história na gastronomia africana, ao estabelecer o renomado restaurante Gamelas em São Paulo, que promoveu a cultura culinária africana.

 Seu legado inclui o fim da segregação racial no cinema, a fundação da Casa da Cultura Afro Lemense, sua participação em projetos políticos e literários, e seu pioneirismo na difusão da gastronomia africana em São Paulo. Além disso, seu trabalho humanitário com refugiados de guerra de Angola e sua contribuição para a criação da Feira Preta demonstram sua incansável busca por justiça, igualdade e inclusão.

 Maria Augusta faleceu em 4 de julho de 2023, deixando uma marca indelével e um legado extraordinário. Sua história é um farol de inspiração para aqueles que lutam por um mundo mais igualitário e acolhedor. Suas memórias continuarão a guiar as gerações futuras.

 Seu compromisso com a igualdade, sua paixão pela cultura africana e sua dedicação à inclusão social ecoam como um lembrete de que, com amor e determinação, podemos fazer do mundo um lugar melhor.