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HEPATITES B E C
Jornal Tribuna de Leme | 14/07/2024

HEPATITES B E C

Hepatite B: Na maioria dos casos, a hepatite B não causa sintomas e costuma ser diagnosticada anos após a infecção. É uma infecção sexualmente transmissível que provoca inflamação no fígado. A via sexual não é a única forma de a pessoa adquirir o vírus da hepatite B (HBV), mas seguramente é a mais importante delas. Ele pode penetrar no organismo também por via parenteral e perinatal (durante a gestação e o parto).

Assim, é essencial que todas as grávidas façam o exame para detectar o HBV durante o pré-natal, para realizar a profilaxia com tenofovir (TDF) a partir do 3º trimestre da gestação, caso seja necessário.

O vírus também pode passar por meio de objetos contaminados, como alicates para cortar cutículas.  “O vírus da hepatite B é muito resistente e pode permanecer nesses instrumentos até por mais de uma semana, sendo potencialmente infectante, ou seja, conservando sua característica de infectividade. Além disso, como sua concentração no sangue é elevada, algumas gotículas na superfície de um instrumento contêm enorme quantidade de vírus viáveis e pequeno ferimento na pele pode funcionar como porta de entrada para a infecção”, afirmou o dr. Turcato.

Muitas vezes, o HBV é eliminado naturalmente do organismo e a pessoa se torna imune a novas infecções. No entanto, quando isso não ocorre, o vírus causa uma reação inflamatória crônica que, embora contida e limitada, no decorrer de anos pode levar a complicações hepáticas muito graves como a cirrose e o câncer de fígado.

A melhor forma de se prevenir contra a hepatite B é por meio da vacina, oferecida pelo SUS. Apesar de gratuita, a vacina tem sido pouco procurada nas Unidades Básicas de Saúde. O Brasil fechou o ano de 2021 com apenas 76% das crianças menores de 1 ano imunizadas contra a doença. Dados preliminares de 2022 registraram queda ainda mais acentuada no último ano: 75,2% de crianças vacinadas.

Em 2018, 86% das crianças dessa faixa etária foram vacinadas contra a doença. Os dados são de estudo feito pelo Observa Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase).

O esquema oferecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) é de quatro doses: uma dose ao nascimento e doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, incluídas na vacina pentavalente (garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b).

Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses, com intervalo de um ou dois meses entre primeira e a segunda doses e de seis  meses entre a primeira e a terceira.

 

Hepatite C: A hepatite C costuma evoluir de forma silenciosa e sem tratamento pode se tornar uma doença crônica grave, aumentando o risco de cirrose e câncer de fígado.

É transmitida principalmente pelo contato com sangue ou material contaminado pelo sangue, como seringas, alicates de unha e objetos cortantes que não estejam devidamente esterilizados. As transmissões por via sexual e de mãe para filho são menos comuns, mas podem acontecer.

De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão da hepatite C pode ocorrer por:

- Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos);

- Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;

- Falha de esterilização de equipamentos de manicure;

- Reutilização de material para realização de tatuagem;

- Procedimentos invasivos (ex: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados de biossegurança;

- Uso de sangue e seus derivados contaminados;

- Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);

- Transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

As hepatites B e C são as principais causas de doença hepática crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer), o que as tornam um problema grave para o SUS.

O tratamento da hepatite C evoluiu muito nos últimos anos, e atualmente é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas.

Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) podem receber o tratamento pelo SUS.

Fonte: portaldrauziovarella

*imagem da internet*