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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE ARARAS OPERA SEM LICENÇAS AMBIENTAIS
Jornal Tribuna de Leme | 19/09/2022

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE ARARAS OPERA SEM LICENÇAS AMBIENTAIS

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE ARARAS OPERA SEM LICENÇAS AMBIENTAIS E DESPEJO DE ESGOTO IN NATURA NO RIO MOGI GUAÇU TEM PROVOCADO MORTANDADE DE PEIXES

Mais uma vez o Rio Mogi Guaçu sofre danos ambientais irreparáveis por causa do descaso de alguns municípios em não coletar e tratar o esgoto, despejando-o de forma in natura no rio.

“Além da mortandade de peixes há a contaminação do solo, que é irreversível, sendo um caso de saúde pública, porque essa descarga alcançou mais de oitenta quilômetros matando os peixes. Há cidades, como Porto Ferreira, que utiliza a água do Rio Mogi Guaçu para a população. Situação lamentável” - enfatiza o Presidente da SOS Moji Guaçu, Pavoni.

O SAEMA de Araras, após matéria veiculada pelo Jornal Tribuna de Leme, acelerou os processos e informou à população que a partir do dia 15 de junho Araras passaria a tratar 100% de esgoto. Porém, após nova mortandade de peixes ocorrida no Rio Mogi Guaçu, a ONG SOS Moji Guaçu acionou as autoridades competentes para apurar as causas dessas irregularidades, que tem se tornado recorrente e trazido grandes impactos a toda a comunidade que depende do rio para sustento das famílias e o trabalho.

De acordo com a Polícia Ambiental, há indícios que a mortandade tenha sido provocada pelo despejo de esgoto sem tratamento no rio, especificamente no ponto do afluente Rio Arari, localizado no município de Araras, ponto este que já foi alvo de outras denúncias e mortandades de peixes, por se tratar de local onde o esgoto in natura é despejado pelo Saema de Araras.

Se não bastassem as informações fornecidas pela Polícia Ambiental, a CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – informou, ainda, que a Estação de Tratamento de Esgoto do Saema de Araras, não possui as devidas licenças ambientais da Cetesb, dando a entender que ela se encontra funcionando de forma ilegal.

Segundo a CETESB, as cidades envolvidas no percurso citado – Leme, Pirassununga e Porto Ferreira - operam suas ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto dentro dos padrões legais previstos, e a única que está em desconformidade é a de Araras.

Técnicos da CETESB de Mogi Guaçu se mobilizaram para chegar à ocorrência na sexta-feira, 09 de setembro, fazendo vistorias e coletas na região. Todas as amostras colhidas foram encaminhadas para análise nos laboratórios da CETESB.

Mais uma vez o rio Mogi Guaçu é prejudicado pela ineficiência de alguns municípios, que continuam a despejar esgoto in natura no rio, prejudicando a vida do rio e afetando diversas famílias que dependem dele para o sustento.

Que as autoridades competentes punam rigorosamente os responsáveis e que busquem soluções imediatas para o problema ou, em muito pouco tempo, o Rio Mogi Guaçu terá a sua vida ceifada para sempre.