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Câncer de mama: os mitos e as verdades sobre a doença
Jornal Tribuna de Leme | 15/10/2023

Câncer de mama: os mitos e as verdades sobre a doença

Outubro Rosa é considerado um dos principais movimentos sociais de conscientização contra o câncer de mama. O laço rosa ganhou força no final da década de 1980 e início da década de 1990, nos Estados Unidos, com a divulgação em massa da importância da prevenção e, na época, do autoexame das mamas. A força da campanha foi tamanha que mais de 30 anos depois, ficou impossível desassociar a cor rosa do mês de outubro.

É fato que muita coisa mudou ao longo desse tempo. Com as pessoas falando mais sobre a doença, a prevenção se torna cada vez mais natural entre as mulheres. Hoje, já não é preciso mais insistir no autoexame. As mulheres sabem da importância da mamografia e, mais do que isso, entendem que esse exame salva vidas, pois é capaz de diagnosticar o tumor no estágio inicial, enquanto o autoexame identifica o nódulo com um tamanho maior. Os tumores diagnosticados em estágios iniciais apresentarem 95% de chances de cura.

- Não é mito: que o câncer de mama é o tumor mais frequente entre as brasileiras depois do câncer de pele não melanoma e que entre 2023 e 2025, são esperados 74 mil novos casos da doença, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

- Não é mito que práticas saudáveis de vida contribuam para prevenir a doença. Manter a qualidade de vida baseada em alimentação saudável, exercício físico e sono de qualidade são a melhor prevenção para uma série de doenças, inclusive para o câncer.  

- É mito: que desodorante diário causa câncer de mama. Não há qualquer evidência científica que aponte os desodorantes como causadores do câncer de mama. Os tumores, geralmente, se localizam perto das axilas, porque ali tem uma grande concentração de tecido glandular mamário e não porque existe um acúmulo de toxinas. Aliás, não eliminamos toxinas pela transpiração, mas pelas vias urinária e biliar. A transpiração serve para regular a nossa temperatura corporal.

- É mito: que a radiação durante a mamografia pode causar câncer. A mamografia necessita de pouca radiação para ser executada. O risco da exposição a esta radiação é baixo e o benefício em muito se superpõe ao risco. Além disso, nunca houve um caso de câncer de mama comprovadamente induzido por radiação da mamografia.

Sendo o tumor mais frequente entre as brasileiras, o câncer de mama exige cuidado. Bem por isso, é preciso seguir as recomendações de exames para cada faixa etária e fazer atenção ao histórico familiar.

Além de a medicina ter conseguido avançar no rastreio desse tipo de tumor, por meio da mamografia e do ultrassom, é fundamental, também que as mulheres façam o autoexame tocando e apalpando as mamas e, se sentirem qualquer caroço procurem, imediatamente o médico.

Prevenção

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomendam a que a mamografia seja realizada anualmente por mulheres com mais de 40 anos. Entre os 50 e 69 anos, o exame deve ser feito a cada dois anos. A mamografia é indicada a todas as mulheres, inclusive quando não apresentam sintomas, porque é um exame de rastreio e pode identificar nódulos ainda muito pequenos.

Mulheres que tenham histórico de câncer de mama na família devem começar a fazer o exame mais cedo, aos 35 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia, recomenda a realização anual do exame a partir dos 40 anos e aos 30 para pacientes consideradas de alto risco. Antes dos 40 anos, a mamografia se mostra menos efetiva, em função das características das mamas das mulheres mais jovens.

Sintomas e tratamento

Os sintomas do câncer de mama variam bastante, mas o principal deles é o aparecimento de nódulos palpáveis nas axilas e no pescoço. Em alguns casos, há o enrugamento da pele próxima ao mamilo, vermelhidão nessa região e possível secreção. A cirurgia para a retirada do nódulo é indicada, e geralmente pode ser seguida de quimioterapia, radioterapia e Terapia Endócrina.

Fonte: Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia