10 MANEIRAS DE MANTER A ORGANIZAÇÃO NA ROTINA PARA O ENEM
Mais de 5 milhões de brasileiros estão se preparando para o ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro em todo o Brasil. O Exame é a principal porta de entrada para a educação superior.Com menos de 3 meses para a prova, os estudantes recorrem a estratégias para otimizar os estudos. Afinal, além do domínio das matérias, é preciso também conciliar outras atividades do dia a dia, como trabalho, família e vida social.
“Estabelecer um cronograma que inclua momentos de lazer e descanso é essencial para evitar o esgotamento. Equilibrar todas as áreas da vida pode parecer uma tarefa árdua, mas com planejamento e disciplina, é possível manter uma rotina saudável e produtiva”, afirma o professor Paulo Jubilut, fundador do Aprova Total.
Outro aspecto importante na rotina é a revisão periódica do conteúdo estudado. Segundo Jubilut, criar um calendário de revisões, no qual se revisa o material aprendido em intervalos regulares, ajuda a fixar o conhecimento na memória de longo prazo. “Esse método, conhecido como espaçamento de revisão, é altamente eficaz para evitar o esquecimento e garantir que o conhecimento esteja fresco na mente no dia da prova. Utilize técnicas de estudo, como resumos, mapas mentais e exercícios de fixação, para tornar as revisões mais dinâmicas e interessantes”, sugere o professor.
‘Não sabe por onde começar a se organizar? Então descubra agora 10 hábitos recomendados por Jubilut que ajudaram na aprovação de 11 mil alunos nos últimos dois anos:
1. Estabeleça metas possíveis: O primeiro passo para organizar a rotina é estabelecer metas atingíveis. Fazendo isso, o tempo é otimizado para ter um bom desempenho no exame. Comece listando, por exemplo, cinco metas diárias de estudos - ou o quanto acredita que consegue alcançar. “Não adianta estabelecer 20 metas diárias, sendo que você não vai conseguir passar de cinco ou seis; isso é importante”, alerta o professor.
2. Nada de “depois eu faço”: Se uma meta foi estabelecida hoje, não deixe para depois. Além de correr o risco de esquecimento, todo o estudo traçado acaba ficando atrasado. O ato de procrastinar será um vilão nessa etapa do campeonato. Isso porque pode deixar o estudante mais estressado e gerar um círculo vicioso de improdutividade. “Vencer a preguiça de estudar é a chave para mudar esse hábito”, declara Jubilut.
3. Evite distrações: Nessa etapa, é essencial dar um tempo às redes sociais no momento de estudo. Uma simples notificação pode ser o fator para te distrair. Procure evitar o celular e barulhos, e busque “mudar de cenário”. Um psicólogo da UCLA - Universidade da Califórnia, em Los Angeles, por exemplo, apontou que trocar de local de estudo pode aumentar os níveis de retenção de informações e concentração.
4. Crie um ambiente de estudos adequado: Em toda a nossa história evolutiva, fomos acostumados a ser ativos durante o dia e repousar durante a noite. Assim, nossas funções fisiológicas são reguladas pela claridade ou escuridão. Por isso, ter um ambiente iluminado por uma luminária ou próximo a uma janela pode beneficiar o aprendizado. Além disso, ter em casa um lugar específico para os estudos vai ajudar o cérebro a entender aquele estímulo de foco.
5. Tenha uma boa noite de sono: O sono e o descanso são essenciais para você consolidar o que aprendeu — é nesse momento que o seu cérebro vai fazer o trabalho de guardar as informações importantes aprendidas durante o estudo. Tendo uma rotina cheia de métodos extremos, o máximo que você vai conseguir é aumentar o estresse, o cansaço e a ansiedade. Por isso, “durma bastante e aproveite seus momentos de lazer e descanso sem qualquer culpa”, aconselha Jubilut.
6. Cuidado com a autossabotagem: A autossabotagem é um grande obstáculo para os estudantes, especialmente aqueles que estão se preparando para o vestibular. Esse comportamento, originado de traumas e inseguranças, faz com que os alunos se afastem dos estudos. Para Jubilut, é essencial identificar seus gatilhos. Assim, o estudante mantém um equilíbrio entre estudos e lazer, evitando comparações com colegas.
7. Gerencie o seu tempo de estudos: Saber o melhor momento de estudar pode ajudar a melhorar o desempenho. Por exemplo, até 8 horas depois de acordar, o cérebro está em alerta máximo, e esse é o melhor momento do dia para aquelas matérias mais difíceis. Por outro lado, entre 9 e 16 horas após acordar, é um bom momento para exercer a criatividade. Uma boa alternativa é treinar a redação. Além disso, existem diferentes métodos para gerenciamento de tempo, como a técnica Pomodoro. Essas alternativas incluem delegar tarefas, priorizar o trabalho, fugir da procrastinação e evitar o estresse.
8. Diversifique seu material de estudos: Focar em um único material de estudos pode tornar a rotina cansativa e monótona. Além disso, é importante compreender que cada estudante aprende de um jeito diferente. A internet hoje é repleta de diferentes conteúdos para ajudar nisso. O aluno pode experimentar mesclar entre videoaulas, podcasts, textos, exercícios e simulados. Para o professor Jubilut, isso vai ajudar a revisar o conteúdo de uma maneira mais dinâmica.
9. Procure estudar com amigos ou em grupos de estudos: Estudar com companhia pode ser a chave para receber aquele empurrãozinho para manter o foco. Conversar com alguém, além de facilitar a compreensão, ajuda a memorizar o conteúdo e sanar possíveis dúvidas dos colegas. A Teoria da Pirâmide do Aprendizado mostra que 90% do conhecimento é captado quando temos que ensinar alguém sobre aquele tema.
10. Comece a revisar o conteúdo estudado: Ter um cronograma para revisão vai te auxiliar a fixar o conteúdo e identificar possíveis dúvidas. Para fazer isso de forma eficiente, Jubilut recomenda buscar os conteúdos que mais aparecem nos vestibulares. Com isso, o vestibulando encontra uma forma de aprendizado mais eficaz, que pode ser resolvendo listas de exercícios, construindo mapas mentais e assistindo a vídeos com resoluções de questões. “Não foque em apenas um método. Mesclar entre dois ou mais sempre será uma alternativa. Não há limites — o importante é descobrir o jeito que mais funciona para você”, completa o professor.
Fonte: Jornalista Maria Rita Coutinho – Economidia
Foto: Brasil Escola